quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ENTRE AS LUAS, O TÚNEL

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ENTRE AS LUAS, O TÚNEL

Carmen Fossari























Uma das mais belas fotografias do livro, no momento exato em que a equipe constatou que os cálculos estavam certos e enfim o Túnel estava varado.
















O Autor,A.C. Caetano e colegas da empresa















No lançamento do Livro os autores e seus pais.












Vou abrir um espaço no Blog dedicado à encenação da peça AS LUAS DE GALILEU GALIELI, para discorrer sobre um túnel, e um ator, dois autores e um livro maravilhoso
O que a construção de um túnel teria em comum com o tema ao entorno de nossa montagem de Galileu?
A empresa M. TABET, responsável por planejar e executar as obras do Túnel do Morro Agudo, obra essencial na duplicação da BR 101, em Paulo Lopes reúne em sua equipe de funcionários
pessoas advindas de todas as regiões do país.
Pois bem, uma noite passados quase três anos, chegou um novo aluno na Oficina Permanente de Teatro que coordenamos junto ao Departamento Artístico Cultural da UFSC.
O aluno apresentou-se: Vinha de São Paulo, Geólogo e Ator, habitante temporário do município de Paulo Lopes, onde esteve o QG da M. TABET, durante estes últimos três anos. Estes anos totalizaram o período em que O TÚNEL DO MORRO AGUDO foi com eficiência e esmero realizado. Num somatório interminável de cálculos, implosões precisas sem acidentes, e o acerto do encontro final dos dois “buracos” escavados, pelas duas entradas opostas que ao fim, se encontraram, motivo que a estas alturas já celebrávamos não mais com aquele aluno, mas com um colega de Teatro, integrante do elenco da peça AS LUAS DE GALIELU GALILEI.
O Geólogo Bruno Leite nos trazia algumas notícias dos momentos mais difíceis das escavações daquele túnel, uma obra da moderna engenharia brasileira, construída por mãos de trabalhadores de todas as regiões do Brasil

Entre uma aula de teatro e um ensaio, acompanhamos a distância a execução das obras do Túnel do Morro Agudo, e como nos melhores espetáculos a Tensão por ele vivida em alguns momentos mais difíceis era por todos compartilhados e tornaram de alguma forma aquele Túnel familiar.
A metáfora do Túnel, que segundo Antonio Carlos Caetano (da M. TABET) é uma obra de inestimáveis valores, incluindo ecológico, na medida em que ao encurtar distâncias, evita o desmatamento de grandes áreas verdes que certamente seriam sacrificadas pelas extensões maiores das estradas, nos remete a busca humana da construção do ser ou ao menos tentar ser feliz.


As distâncias diminuídas por estas obras da moderna engenharia dão suporte a mobilidade humana bem como da produção, sustenta o ir e vir tendo como uma das palavras chaves os pragmáticos Encontros.


E sob a égide desta palavra, registro que o TUNEL DO MORRO AGUDO, nos presenteou com a convivência de um grande ser humano, excelente ator.


Entre as atribuições no Túnel e as noites de Aulas e Ensaios BRUNO, Participou de 3 espetáculos: VERBAIS NINHO DE PALAVRAS, PÂNTANO DOS GATOS E AS LUAS DE GALILEU GALILEI. E foi neste espetáculo, que percebemos a maturidade do ator que representa três personagens, mas devo ser justa e dizer que todo elenco de AS LUAS é talentoso.


Narro um fato inacreditável , quando em temporada, faltando 45 minutos ao início do espetáculo, um ator sofreu um acidente de moto, e em exatos 45 minutos, a meu pedido, Bruno memorizou e interpretou o personagem do Ator. O inusitado é que neste espetáculo os Personagens que ele interpreta são personagens da História e o personagem que ele substituiu, tem uma postura corporal totalmente diversa do núcleo de personagens da História ao entorno de Galileu. Trata-se do Núcleo de Personagens da Comédia Dell ARTE, CUJA POSTURA CORPORAL é quase a de um bailarino, pois que fez magistralmente bem, e lamentavelmente nenhuma fotografia registrou tal feito, a não ser nossa lembrança e agora
este registro.

Ao meio deste processo, ainda a palavra Encontro, Bruno conheceu uma atriz e colega em todos os espetáculos que ele participou Mariana Lapolli, atriz e doutoranda na UFSC e este encontro deles foi muito mágico, destes que só os olhos de quem ama ou redescobre o amor sabem a dimensão.
Que o amor é sempre uma dádiva, e um convite aos desafios, é a possibilidade do olhar além.


Um dia soubemos que Bruno e Mariana estavam registrando e documentando o processo da construção do Túnel. Para escreverem um livro.


Fui ao lançamento em companhia do ator que interpreta Galileu, Nei, da atriz que interpreta a Sarti, Ivana, do nosso amigo e incentivador Carlão.


O lançamento foi numa chácara em Paulo Lopes e a primeira surpresa, quando quis comprar o livro é que ele era ofertado pela empresa. Então olhei ao entorno e vi as famílias dos trabalhadores do Túnel, crianças, esposas, felizes por mais uma obra que participaram.

Todos os sons vocais: Maranhão, Ceará, São Paulo, Pernambuco,Santa Catarina folheava as páginas de um belíssimo livro ( EDITORA PANDION)e reconhecia os trabalhadores, nomes, função, fotos da História da Construção do Túnel, um registro da História deste país que muda,cresce,este país que vivemos e tanto acreditamos , mesmo cientes do tanto que há para ser feito .


E se o feito máximo de Galileu Galilei foi apontar uma luneta para o céu e comprovar a teoria do Heliocentrismo movido pela sua ousadia de ver o que ninguém via compete para nós “vãs” mortais, passados tantos séculos, um feito mínimo, mas de fundamental relevância.Será preciso durante os cotidianos de tempos escassos, que agucemos o nosso olhar ao registro do humano.


Nosso tempo é um tempo de queremos resultados imdediatos.Usufruímos das obras e no entanto esquecemos daqueles que as construíram. Quais foram as mãos que a edificaram? Quanto de suor” sagrado” é derramado para a nossa comodidade?

O registro de Bruno Leite e Mariana Lapolli no livro que escreveram: O TÚNEL DO MORRO AGUDO, é docemente humano, embora, as vezes possa tratar das explosões , é um registro da engenharia de alta resolução, embora ao entorno esteja preservado os verdes de Paulo Lopes , é uma fatia de Brasilidade mas é também um livro que deve estar em bibliotecas de países todos, mundo afora.


Parabenizo aos Autores, a toda equipe da PANDION, M. TABET, e que venham outros livros com tantos valores agregados.
O TÚNEL DO MORRO AGUDO, li e recomendo.











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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

EM OUTUBRO NO TAC

AS LUAS DE GALILEU GALILEI
NO TAC em Outubro
22 ( Sexta ) 21.00h e
23 e 24 (Sab. e Dom) 20.00h
AS LUAS DE GALILEU GALILEI,

O Grupo pesquisa teatro novo apresenta, em nova temporada o espetáculo:
AS LUAS DE GALILEU GALILEI






No Teatro Álvaro de Carvalho , dias 22( as 21.00) e 23 e 24 as 20.00.
O ESPETÁCULO






Uma encenação do Grupo Pesquisa Teatro Novo, do DAC. Roteiro e Direção de Carmen Fossari. A Regência do Madrigal da UFSC é da Maestrina Miriam Moritz.
Assessoria do professor Adolfo Stotz Neto, Astrônomo e Presidente do GEA (Grupo de Estudos de Astronomia da UFSC).
Trata-se de um espetáculo versando aspectos da Vida e Obra do pai da Ciência Moderna Galileu Galilei com grande elenco e o ator Nei Perin no papel de Galileu Galilei.

Produção do Grupo Pesquisa Teatro Novo, da UFSC, “As Luas de Galileu Galilei envolve 40 pessoas entre atores, atrizes, cantores líricos e técnicos. Dirigido por Carmen Fossari,
“A encenção inicia no lFoyer do TAC, ao meio do Público com parte do elenco representando uma CIA de Comédia Dell ARTE: BAMBOLINA ANDATIINA”. A seguir adentram ao Teatro o público que acompanha a CIA BAMBOLINA ANDATTINA.

Dentro dos preceitos Pós Dramáticos, em livre adaptação Galileu Galilei tem incluso em seu roteiro trechos das obras de Galileu Galilei: Sidereus Nuncius(Mensageiro das Estrelas) e da obra que o condenou: Dialogo di Galileo sopra i due Massimi Sistemi Del Mondo Tolemaico e Copernicano (abreviado o título para Diálogo sobre os dois Sistemas do Mundo.
Trechos das Cartas da Filha de Galileu Galilei, Trecho do Processo Inquisitório no Santo Ofício: A Inquisição, versos de Camus e adaptação livre de 3 cenas da obra de Brecht são incorporados na encenação e costurados na dramaturgia pela diretora do espetáculo que assina o roteiro.

Carmen Fossari assinala ainda as observações e notas do Astrônomo
Professor Adolfo Stotz Neto, cuja presença garantizou os aspectos mais científicos da encenação,o que por último torna o espetáculo em
algo inusitado servindo concomitante a Ciência e a Arte .








. A montagem levou dois anos e meio de preparação, somando o tempo das pesquisas históricas, num trabalho que une a arte popular e erudita no mesmo espetáculo.
A peça já realizou duas exitosas temporadas no Teatro da Igrejinha, DAC-UFSC e deverá alçar outros vôos no ano de 2011, segundo pré contatos já estabelecidos e que motivaram esta nova e curta temporada no TAC.

As apresentações no TAC, contam com o apoio d Fundação Catarinense de Cultura, e os ingressos já podem ser adquiridos nas Bilheterias do TAC, CIC e Teatro Pedro Ivo.
Blog e fotos da peça:
www.asluasdegalileugalilei.blogspot.com


Sobre a peça:



















Galileu vivencia fatos relevantes de sua vida, o homem que passou para a História como o cientista que abjurou diante da Inquisição e cuja genialidade é um marco: Criador da Ciência Moderna.
Uma encenação reunindo duas linguagens que confluem tal como as relações da ciência e da fé; instaura-se no espetáculo o popular (Comédia Dell Arte) e o erudito (Madrigal).
Quem foi Galileu: um ser humano que ousou olhar o nunca veste.
Grande Físico, Matemático e Astrônomo, Galileu Galilei nasceu na Itália no ano de 1564. Durante sua juventude ele escreveu obras sobre Dante e Tasso. Ainda nesta fase, fez a descoberta da Lei dos Corpos e enunciou o princípio da Inércia. Foi um dos principais representantes do Renascimento Científico dos séculos XVI e XVII.
Alguns aspectos biográficos de Galileu*
Nasceu no ano de 1564, e foi ele quem pela primeira vez apontou a luneta para o céu. Conseguiu comprovar as teorias de Copérnico, heliocêntricas, que se opunham às teorias aristotélicas do geocentrismo e que coadunavam com os preceitos bíblicos. Parte da Igreja à sua época e astrônomos concordavam com os seus estudos, e mesmo proibida pelo Index a teoria copernicana, Galileu, por desfrutar do convívio com o alto clero, conseguiu dar vazão aos seus escritos. Cardeal Barberini, de uma influente família italiana, que foi sagrado papa Urbano VIII, era amigo de Galileu e deixou que ele continuasse seus estudos, desde que não comprometesse os ditos bíblicos. Mas Galileu, de temperamento igualmente forte, edita a sua obra que o levou à Inquisição: “Diálogos”, sobre os dois maiores sistemas do mundo – Ptolomeu e Copérnico.
Neste livro ele estabelece um diálogo entre três personagens: um com características atoleimadas em negar a teoria heliocêntrica, um defensor das novas descobertas e um que passa da dúvida ao reconhecimento. Reza a História, que o papa Urbano VIII sentiu-se ridicularizado por tal obra e concordou com o inquisidor que, aliás, foi o mesmo que anos anteriores havia condenado Giordano Bruno.
Depois da Inquisição, Galileu se dedicou a importantes estudos da Física. Habitava perto de um convento, San Mateo, onde suas duas filhas eram freiras. Uma delas, Virgínia, o auxiliava escrevendo seus estudos. Galileu teve três filhos. O filho homem ele o entregou a um nobre amigo para que fosse adotado e ingressasse na faculdade. Nunca se casou com Marina Gamba, com quem teve os três filhos. Moravam em casas separadas. Mesmo na prisão domiciliar, recebia seus amigos e estudiosos, até o fim de sua vida, quando estava cego.

O TELESCÓPIO E A ASTRONOMIA

















Em 1609 tivemos uma das datas mais marcantes da história da Astronomia, foi quando pela primeira vez o homem pôde ver o céu não mais com os olhos desnudos, ou seja, a partir de Galileu Galilei pôde-se observar o céu com um telescópio, um instrumento que ajudou a revolucionar a ciência e em especial a Astronomia. Esse instrumento foi aperfeiçoado por Galileu, mas não foi construído por ele como alguns pensam. Galileu teve o mérito de desenvolvê-lo e principalmente de ter tido a idéia de usá-lo para ver o céu e não para observar navios ou inimigos à distância, mas um objetivo mais nobre: o Céu.
Com o telescópio, Galileu Galilei pôde observar a Lua como nunca antes, viu que na Lua há montanhas e imensas crateras. Com esse instrumento ótico pode constatar que em Júpiter há quatro corpos que a circundam, são as grandes luas: Europa, Ganímedes (ou Ganimedes), Io e Calisto, mas sabe-se hoje que existem outros satélites naturais em Júpiter. Essa observação corrobora para a retomada do heliocentrismo (Copérnico 1554) com a afirmação de que se é possível haver outros corpos girando em torno de outros sem ser da própria Terra, então por que a terra não poderia também ela estar girando em torno de outro corpo como o Sol.
Passou-se desde então 400 anos de observações com instrumentos óticos e não mais a olhos nus.
GPTN e Galileu:
As Luas de Galileu é uma encenação do Grupo Pesquisa Teatro Novo, do DAC/UFSC. Roteiro e Direção de Carmen Fossari. Regência de um coro vocal convidado é da Maestrina Miriam Moritz. Assessoria Prof.Adolfo Stotz Neto, Presidente do GEA.
A Cia. de Teatro Bambolina Andattina (Metateatro) conduz a trama que se completa com cenas evocadas da vida de Galileu e a sua paixão pelo saber e o embate com a Inquisição, aliás, fato a que até hoje a Ciência está, infelizmente, vulnerável.


Ficha Técnica:

Elenco:


Nei Perin como Galileu Galilei
Mariana Lapolli, Ivana Fossari, Bruno Lapolli, Marcelo Cidral, Adriano de Brito,Rhamsés Camisão, Ana Paula Lemos, Julião Goulart, Bruno Leite , Gabriel Ortega, Augusto Sopran, Eliana Bär, Rubia Medeiros, muriel Martins, Jeanne Siqueira,Gabriel Orcajo e Patrícia Medeiros.

Participação do Madrigal da UFSC

Direção Musical e Regência do Madrigal: Miriam Moritz

Assessoria: Astrônomo Adolfo Stotz Neto

Figurino: José Alfredo Beirão Fº

Cenário: Márcio Tessmann

Iluminação: Ivo Godoi e Calu

Técnico Luz: Nilson Só

Cartaz: Michele Millis

Programa: Bruno Leite



Produção: Grupo Pesquisa Teatro Novo- UFSC

Promoção: Departamento Artístico Cultural – DAC

Relações Públicas: Julião Goulart

Secretaria de Cultura e Arte - SeCArte, da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Carmen Fossari
Natural de Florianópolis, Carmem Lúcia Fossari é Mestre em Literatura Brasileira, pela UFSC, com opção em Teatro; diretora de espetáculos do Departamento Artístico Cultural - DAC/SeCArte/UFSC, coordenadora e professora da Oficina Permanente de Teatro da UFSC e diretora e fundadora do Grupo Pesquisa Teatro Novo/UFSC.
Nessa categoria, recebeu inúmeros prêmios estaduais e nacionais, bem como representou o Brasil com espetáculos que dirigiu, escreveu e atuou nos países: Porto Rico, México, Paraguai, Argentina, Chile, Colômbia, Arquipélago dos Açores-Portugal e Uruguai. Esteve com espetáculos no Chile por 13 vezes, onde mantém convênio através do GPTN/UFSC com a “Cia. La Carreta” que coordena, naquele país, o ENTEPOLA - Encontro de Teatro Popular Latino Americano.Dirigiu espetáculo no Chile e Porto Rico.



SERVIÇO:

O QUÊ: "As Luas de Galileu Galilei”

QUANDO: OUTUBRO 22 (21.00h), 23 e 24 (21.00h)

ONDE: TEATRO ÁLVARO DE CARVALHO –TAC

INGRESSOS JÁ A VENDA : BILHETERIA DO TAC, CIC E TEATRO PEDRO IVO

CONTATO: DAC www.asluasdegalileugalilei.blogspot.com

APOIO: DAC- SECARTE –UFSC
GUIA FLORIPA